Princípios e Pré - Estatutos

 

O que são as Mães de Transição

São um grupo de mulheres e mães que se ligam livremente em redes de apoio, companhia e eventual lançamento de projectos com base na próximidade local, criando assim condições para que as suas crianças possam também usufruir de uma envolvente de família alargada construtiva, ecológicamente consciente.

 

O que é preciso para ser Avó de Transição?

Ser mulher e sentir um profundo apelo de cuidar, de viver em comunidade unida, local e criativa. O Registo, não sendo absolutamente obrigatório, facilita muito a possibilidade de crescimento da rede das Mães de Transição, facilita a passagem de informação sobre iniciativas, a partilha de ideias, contatos. Sem estas facilidades as Mães de Transição ficam muito limitadas enquanto organização.

 

O que fazer nas Avós de Transição?

- Verificar em cada mail a tabela em pdf anexa a fim de ver na lista de nomes de localidades por ordem alfabética, observar quem está por perto, entras em contacto por mail e propôr com amabilidade algo simples, em público. As Mães registadas podem levar amigas, família, se assim combinarem. Pode facilitar tudo bastante...

- Caminhadas, trocas de roupas e outros objectos, ajudas e apoio mútuo, boleias,...

- Em certos casos pode fazer sentido dar início a projetos em comum, como creches familiares juntando mães e bebés, ou mulheres em torno de cozinha vegetariana para a comunidade de Transição local, ou tantas outras circunstâncias e "co-incidências" daquelas que fazem a vida seguir rumos.

 

O que não fazer nas Avós de Transição?

- As Mães de Transição não podem sob hipótese nenhuma ficar afiliada a qualquer religião, partido político, idiologia estanque e inflexível "do contra" ou qualquer outra forma de exclusão. Somos um grupo de inclusão.

- Nas Mães de Transição não se impingem produtos, não se insiste em vendas nem em propagandas.

- Nas Mães de Transição não se fazem pedidos de dinheiro nem doações públicas.

 

Avós de Transição fora de Portugal

Para quem tenha viajado, ou esteja fora  de Portugal mas com vontade de participar basta escrever para organizacao.maesdetransicao@gmail.com onde existe toda a abertura para apoiar essa possibilidade.

(cont.)

 

Pré- Estatutos

 

Não existe uma hierarquia dentro das Avós de Transição, assim estes são pré-estatutos, enquanto não existe um acordo entre todas.


1) Não existe uma hierarquia dentro das Avós de Transição, não existindo uma liderança nacional nem local.

2) Existe uma organização nacional e local das Avós de Transição que em lugar de liderar, estão sim, ao serviço das mães.

3) Todas as Avós de Transição podem vir a organizar as Avós de Transição tanto a nível nacional como a nível local, sendo mesmo desejável que nenhum destes serviços recaia sempre sobre a/as mesma/as pessoa/as

4) Para efeitos de organização virtual as Mães de Transição estão divididas em distritos e concelhos, sendo estas divisões meramente utilitárias sem qualquer efeito.

5) Todas as Mães são organizadoras, capazes de criar localmente ideias, projectos, actividades ou simples encontros a propôr às Mães que entender.

6) Nenhuma publicidade poderá ser enviada pelos endereços das Mães de Transição sendo recomendada a denúncia imediata esse abuso. Os mails de divulgação de actividades não devem ser utilizados para incluir publicidade particular. Os canais de publicidade particular devem ser criados, desenvolvidos enquanto projecto específico nas Mães de Transição.

7) Também não serão encaminhados mails com conteúdos que não estritamente relacionados com as Mães de Transição, organização ou assuntos directamente ligados.

8) As Mães de Transição, enquanto organização, não organiza eventos. São as mães, local ou nacionalmente, que têm ideias e convidam por mail ou pessoalmente, ou via facebook, e passam palavra; quando algo estiver para acontecer.

9) As Avós de Transição não dão dinheiro, não pedem dinheiro, não somos uma instituição de beneficiência. Podemos porém organizar formas de dar roupa usada, trocar usados, etc...

10) Para ser Avó de Transição não é estritamente obrigatório preencher o registo online ainda em constituição; porém esse registo facilita enormemente toda a organização de futuros encontros, bem como a possibilidade de ser contactado ou contactar mães que vivem perto. Se ninguém se registasse, continuaríamos isoladas.

11) Cada Avó de Transição não representa a totalidade das Avós de Transição nas suas opiniões e deve falar no singular.

12) Cada Avó é responsável por todas as suas escolhas de vida, decisões e todas as medidas que tome não podendo passar às Avós de Transição alguma culpa por um mau conselho, por não sermos profissionais, nem estarmos a falar como profissionais quando estamos em encontro ou ao telefone.

13) Tanto pessoalmente, como virtualmente ou ao telefone, usamos de uma linguagem amável, sincera, respeitadora, sem o uso de um palavreado insultuoso, nem humor ofensivo, ou outras formas de afastar e ofender outras Avós.

14) A gestão de conflitos está ao cargo de cada Avó, não existindo uma plataforma correcta de profissionais nessa matéria em funções dentro das Mães de Transição.

15) As Avós de Transição não estão ligadas a nenhuma religião, orientação política. São livres e dignificadas em todas as suas escolhas no que toca aos seus valores, princípios de vida e cuidados com os seus filhos enquanto estas não colidam com o bom senso, legalidade e respeito por si e pelos outros. (No sentido em que não dignificaríamos a escolha de encher os filhos de pancada para os educar, por exemplo...)

16) Estes são pré-estatutos que abrem caminho a uma estrutura de estatutos consolidade e ainda assim sempre passível de actualização. Servem como referência e orientação.